Segundo “UOL – Economia”, o número de startups no país mais do que triplicou. O seu crescimento ultrapassou a marca de 200% em apenas quatro anos.

No entanto, por outro lado, tirar a ideia do papel e realizar o sonho de ter seu próprio negócio pode acabar mais rápido do que o “boom” esperado pelo empresário.

Pesquisa divulgada pelo Sebrae demonstra um alto índice de mortalidade de startups brasileiras, sendo que pelo menos 25% delas encerram suas atividades a menos de 1 ano; 50% encerram até quatro anos e, pasmem, 75% encerram até 13 anos de existência.

Esses dados são tristes, pois além da frustração, essa “mortalidade” (expressão utilizado pelo Observatório Internacional do Sebrae) traz consigo dívidas empresariais, trabalhistas, problemas societários, etc.

A pergunta que se faz é: como evitar essa situação e fazer parte dos 25% de startups que continuam no mercado, quem sabe, fazer parte do seleto grupo de unicórnios (são chamadas assim as empresas avaliadas em mais de 1 bilhão de dólares)?

A resposta pode ser considerada um clichê, mas não há como negar. A prevenção é o melhor remédio. Das cinco razões para descontinuidade de startups, TRÊS tem relação direta com negligência nos momentos iniciais. São elas, segundo dados retirados do estudo realizado pela Fundação Dom Cabral:

a)     desentendimento entre fundadores;

b)    desentendimento entre fundadores e investidores, e;

c)     não alinhamento dos interesses profissionais).

Pense bem. Quando há desentendimento entre os fundadores? Arriscamos dizer que, quase em sua totalidade, os problemas enfrentados pelos sócios são justamente por falhas nos contratos entre eles estabelecidos, quando as vontades não foram devidamente expressas no documento, quando algum ponto essencial ficou obscuro, omisso ou contraditório, e por aí vai.

As startups são ideias inovadoras e geralmente tem um baixo capital inicial. O mesmo Sebrae afirma que, para iniciar o empreendimento, 88% dos gestores contam basicamente com recursos próprios ou da família. A preocupação financeira e controle dos gastos faz com que os fundadores negligenciem algumas áreas de cooperação, por pensarem, erroneamente, que são desnecessárias.

Vamos falar da área jurídica. Existem inúmeros modelos nos sites de pesquisa de contrato societários, contratos com fornecedores, etc. É de graça. Por que gastar com advogado?

Ora, a pergunta deveria ser outra: quanto custa uma ação judicial? Quanto prejudica uma briga entre sócios?

Esse pensamento pode fazer com que a startup, a boa ideia, “morra na casca”, pois, nesses casos, possivelmente uma pequena ação judicial seria suficiente para prejudicar a continuidade da empresa.

A prevenção, portanto, não só é mais barata, como evita possíveis demandas judiciais. Uma empresa consolidada e segura é, sem dúvida, o alicerce de uma empresa de sucesso: transmite confiança aos clientes e concede tranquilidade aos sócios e funcionários para que possam exercer suas atividades.

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